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A mostrar mensagens de maio, 2025

Guia de utilização do turíbulo

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Turíbulo e incensação O turíbulo é um fogareiro de metal com opérculo sustentado por correntes, usado na liturgia para o rito de incensação ou turiferação. O ministro que leva o turíbulo fumegante chama-se turiferário, abrindo os cortejos de entrada e saída nas celebrações, depois do sacerdote ter imposto o incenso. O turíbulo é levado na mão direita, com a argola do disco de empunhadura no mindinho e a argola da corrente no polegar, de modo que a tampa do turíbulo fique ligeiramente aberta. Derramar o incenso Para a infusão do incenso, apresenta-se o turíbulo ao presidente elevando com a mão direita a corrente da tampa até ao meio da altura das correntes; depois, mantendo a respetiva argola no polegar, prendem-se com os outros três dedos da mão direita as três correntes do turíbulo, aproximando-o do presidente para que este derrame o incenso.  Passar o turíbulo Para passar o turíbulo para as mãos do presidente, apresenta-se com a mão direita o disco de empunhadura de...

Canonicidade do Evangelho de Mateus

 Canonicidade do Evangelho de Mateus A Bíblia é um dos livros mais lidos e interpretados ao longo da História. Mas, poucas pessoas refletem verdadeiramente sobre a maneira como esses livros foram considerados como que sagrados ou canónicos pelas primeiras comunidades cristãs. Afinal, porque temos esses quatro evangelhos e não outros? Como o evangelho de Tomé ou o de Pedro? As primeiras comunidades cristãs consideravam os livros do Antigo Testamento como Sagrada Escritura e os liam em suas assembleias religiosas.  Os Evangelhos, que continham as palavras de Cristo e a narrativa da Sua vida, logo desfrutaram da mesma autoridade que o Antigo Testamento. Um livro era reconhecido como canônico quando a Igreja o considerava Apostólico e o lia nas suas assembleias. Portanto, para estabelecer a canonicidade do Evangelho segundo São Mateus, devemos investigar a tradição cristã primitiva quanto ao uso que foi feito deste documento e por indicações que provassem que ele era considerado E...

Igreja e Revolução Francesa (Parte 2)

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 Consequências da Revolução Francesa A Revolução Francesa foi tão grandiosa e significativa nos seus eventos que, na História, separou a modernidade da contemporaneidade, iniciando assim uma nova etapa da História. Ela suscitou um novo clima e ambiente, em que a Igreja teve de trabalhar e de se adaptar. As características e marcas fundamentais, como já relatadas na primeira parte, são expressas pelo trinómio: Liberdade , Fraternidade  e Igualdade . Por detrás destas palavras bonitas, estão realmente presentes a secularização e o triunfo do individualismo . O Homem, anteriormente sujeita à autoridade "de direito divino", como os reis e o clero, agora afirma a sua própria liberdade , rejeitando, por isso, qualquer autoridade que não tivesse origem na sua livre escolha . Estando ligado, toda a sua vida e durante longas gerações ao seu grupo social e profissional, agora afirma a sua independência , quebrando e rompendo, de tal forma, os laços sociais hierarquizados do antigo re...

Igreja e a Revolução Francesa

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 Revolução Francesa A sociedade contemporânea é fortemente influenciada e marcada pela Revolução Francesa , nos seus ideias de liberdade , fraternidade e igualdade . Mas, à primeira vista podemos pensar que esses ideais são bons e próximos ao do Evangelho. Por exemplo, a fraternidade entre os povos foi um tema da encíclica Fratelli Tutti do Papa Francisco. Porém, mesmo no imaginário popular fica a revolução está marcada pela imagem do rei guilhotinado, como que uma derrota da monarquia e do poder absoluto. Quais as origens da Revolução? As causas da Revolução foram os vícios e os abusos da organização social e política do antigo regime, já manifestos sob o reinado do Rei Luís XIV. Além disso, fizeram-se presentes as ideias filosóficas do século XVIII do Iluminismo , que contestavam toda a autoridade de direito divino e proclamavam a igualdade entre todos. O país, também, atravessava uma grave crise económica e financeira, e enquanto o povo vivia na miséria, a corte vivia no lu...

Liberdade Religiosa

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Liberdade Religiosa     Durante o concilio Vaticano II, o tema da liberdade religiosa causou alguma confusão e desgostos principalmente por parte da ala mais conservadora do clero. Essa confusão refletia uma certa incompreensão do princípio  extra ecclesia nulla salus , fora da Igreja não há salvação.  A incompreensão desta expressão, leva a acreditar que quem não pertence visivelmente à Igreja Católica, não podia ser salvo. Um outro argumento que utilizam é que a liberdade religiosa estaria em contradição com o Magistério da Igreja ao longo da história.  Por exemplo, no século XIX, o Papa Gregório XVI, na encíclica  Mirari Vos , afirma:                                        Essa vergonhosa fonte de indiferentismo dá origem àquela proposição absurda e errônea que afirma que a liberdade de consciência deve ser mantida para todos. Ela es...